Tragédia em Campos: Criança de 4 anos morre após broncoaspirar objeto enquanto brincava em casa

Uma criança de quatro anos, identificada como Caio Gomes Batista da Conceição, morreu após broncoaspirar um objeto ainda não identificado enquanto brincava em casa, no distrito de Tocos, na Baixada Campista. A vítima estava internada no Hospital Ferreira Machado (HFM) e teve a morte cerebral confirmada no último sábado (08), porém a família só teria sido informada no domingo (09).

De acordo com informações junto à mãe da criança, que preferiu não se identificar, o menino estava em casa quando começou a passar mal, na última quinta-feira (06).

– Ele chegou perto de mim sem ar e só deu tempo de gritar “mãe” e caiu, desmaiado. Daí saímos em busca de socorro e ele foi levado para o Hospital São José, onde os médicos levaram 33 minutos para reanima-lo – disse a mãe.

Logo em seguida, a criança foi entubada e levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM), onde foi internada na UTI. “A médica me disse que ele havia dado três paradas cardíacas e, se ele voltasse a si, poderia sofrer com sequelas, mas que todos estavam fazendo o possível para que ele voltasse”, contou. 

A mãe ainda visitou o filho, mas, segundo ela, “não tinha mais sinais”. No sábado, foi a irmã mais velha quem visitou a criança e, de acordo com a mãe, a jovem foi informada de que o caso do irmão poderia ter evoluído para uma morte cerebral.

Mas, a mãe só foi informada sobre a morte cerebral no domingo (09). “Então ele levou sábado, domingo e segunda para ser liberado. Por que só liberaram meu filho ontem? Por que não me contaram que ele havia broncoaspirado alguma coisa? E eu já tinha relatado que alguma coisa ele engoliu” , explicou.

A mãe destacou ainda que uma tomografia não foi feita de imediato na quinta, apenas na sexta. O exame não teria conseguido identificar o que foi ingerido pela criança. “Foi então que eu não quis doar os órgãos do meu filho, e liberaram o corpo dele para o IML para fazer o exame de necropsia (ou autópsia)”, disse.

Foi feito o contato com o HFM para obter esclarecimentos sobre a demora no exame e sobre a doação de órgãos, e aguardamos a resposta.