
A Polícia Federal indiciou o ex-deputado estadual Thiego Raimundo de Oliveira Santos, o TH Joias, e mais 17 pessoas por crimes ligados a facções criminosas no Rio (veja a lista completa e os crimes no fim da reportagem).
O indiciamento foi encaminhado pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da PF, ao desembargador Macário Ramos Júdice Neto, da 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal (TRF), da 2ª Região (Rio e Espírito Santo).
No documento, a PF aponta que TH cometeu os seguintes crimes: Integrar organização criminosa armada Contrabando Exploração clandestina de atividades de telecomunicações Evasão de divisasTráfico de drogas interestadualViolação de sigilo profissionalCorrupção ativa Embaraço à investigação de organização criminosa Lavagem de dinheiro.
O ex-deputado estadual do RJ TH Joias, que era do MDB, está preso desde setembro deste ano. Agora, a Polícia Federal concluiu a investigação e enviou o relatório, que será avaliado pelo Ministério Público Federal antes de tornar Thiego réu.
Antes de entrar na política, TH ficou famoso ao ver suas peças de ouro e diamantes usadas por jogadores como Neymar, Vini Jr. e Adriano Imperador ou pela cantora Ludmilla. Thiego já tinha sido preso entre 2017 e 2018. Ele perdeu o mandato após a atual prisão.
Entre os outros 17 indiciados, há três policiais militares da ativa, um policial federal e um ex-policial militar. Também há dois traficantes de duas diferentes facções: Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP) também foram indiciados: Luciano Martiniano da Silva, o Pezão (CV) Wallace de Brito Trindade, o Lacoste (TCP).
Tanto Pezão, quanto Lacoste, foram indiciados por fazerem, segundo a PF, negócios com a quadrilha.
De acordo com as investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Federal, Pezão recebeu armas para o Complexo do Alemão, e o grupo ligado a TH ainda comprou dólares para o criminoso do CV.
Segundo a PF, Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, o Dudu, assessor do então parlamentar TH na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), vendeu equipamento anti-drone a um dos chefes do TCP, Lacoste, que também comanda a venda de drogas no Morro da Serrinha, em Madureira, na Zona Norte do Rio.
Ambos são considerados foragidos.